Na fase inicial da aprendizagem, as crianças precisam ser estimuladas de várias maneiras para que se desenvolvam satisfatoriamente e, uma delas é propor que recortem e colem das mais diferentes formas.
É necessário planificar atividades para desenvolver a coordenação motora fina que antecedem o uso da tesoura.
Estimulação dos dedos
Sugestões para estimular os movimentos dos dedos:
- Estalar os dedos, entrelaçar, brincar de tocar instrumentos (piano, guitarra e outros).
- Rasgar papéis com os dedos. Pintar com os dedos.
- Dobrar papéis (origami). Atividades com alinhavos.
Estimulação das mãos - Estimule os movimentos das mãos, sem que os braços façam o mesmo, eles ficam como “suporte”.
Sugestões para estimular as mãos:
- Apertar uma bolinha ou objeto e soltar, apertar e soltar...
- Bater palmas em diferentes ritmos e intensidades.
- Amassar papéis, fazer bolinhas de papel.
- Brincar com massinhas – modelar.
Fases do Recorte e Colagem
- Fase celular: A criança recorta e cola de qualquer maneira, sem
intenção de formar cenas. Gosta de ter material variado. Nesta fase, a
professora deverá intervir quanto ao uso correto da tesoura (cuidado para não
cortar os dedos) e o uso da cola (controlar a quantidade utilizada).
Ainda não nomeia suas
produções.
- Fase das formas
isoladas:
Ela não dá forma definida ao recorte, mistura o que recorta, mas já está
enriquecer o seu trabalho.
A educadora, deverá oferecer diversos materiais
para enriquecer a colagem: lã, brilhantes, algodão, papeis coloridos, tecido,
etc.
Às vezes, consegue nomear as suas
produções.
- Fase da cena simples: a criança recorta tirinhas e cola para armar um esboço simples. Deixa quase sempre uma área vazia. É uma fase sem proporção. Já consegue nomear as suas produções (exemplo: um barco).
- Fase da cena completa: a criança usa as tirinhas,
geralmente faz a "linha de base" (o "chão" que aparece também no seu desenho),
usa formas variadas para compor a sua produção (recorta
intencionalmente). Percebe-se uma cena. Nomeia e explica a sua produção (exemplo:
um barco navegando no rio).
O educador deve observar como a
criança segura a tesoura (o canhoto necessita de tesoura adaptada às suas
necessidades), como manuseia o papel (ou outro material para corte) e como
utiliza a cola. A partir dessas observações deve fazer as intervenções
necessárias.
Nunca se ausentar do local onde as crianças estejam utilizando tesoura e cola. Ter atenção aos materiais que serão manuseados, exemplo: não oferecer botões e objetos pequenos que possam ser engolidos pelas crianças. Se necessário, redigir um combinado do que "pode e não pode" fazer no recorte e colagem. Cuidado para que eles não cortem cabelos e roupas deles ou dos colegas.
Ao utilizar a tesoura, a criança desenvolve o uso bilateral das mãos: mão dominante corta e a outra dá suporte ao papel.
Para auxiliar o uso da tesoura, o educador deverá planificar atividades de recorte na qual a criança use a tesoura em movimento para frente (linhas retas), direção lateral da tesoura (esquerda / direita), cortar figuras geométricas simples (quadrado, triângulo e círculo), cortar figuras complexas e corta material que não seja papel (tecidos como o TNT são fáceis de cortar).
É difícil para uma criança visualizar o "contorno" de uma imagem colorida impressa (como nas revistas), ela acaba por cortar um bocado... Para isso, o educador deverá contornar com caneta e pedir que a criança corte.
Ao cortar seguindo o contorno, a
criança perceberá os detalhes sem se preocupar em cortar o rabo ou as orelhas do
cão. Aos poucos, a criança não necessitará deste contorno.
Outra sugestão: recortar figuras
em revistas (não mais utilizadas), colar em papel branco e compor cena usando
lápis cera, lápis de cor ou caneta hidrocor. Em rostos grandes, separe olhos,
boca, nariz, orelhas e componha novos rostos numa base de papel.
Fonte: Ivanise Meyer - baudeideiasdaivanise.blogspot.com
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